CF 2025: como o Manual da Campanha da Fraternidade renova a comunidade e inspira conversão ecológica e social

CF 2025 – Como o Manual da Campanha da Fraternidade pode renovar sua comunidade e inspirar uma conversão ecológica e social

A cada Quaresma, a Campanha da Fraternidade convoca a Igreja no Brasil a rezar, refletir e agir de modo concreto a partir de um tema que toca a vida cotidiana das pessoas. Quem acompanha esse caminho sabe: quando a comunidade se organiza, a Palavra encontra morada, e a caridade ganha forma em gestos que deixam marcas no território. Em 2025, mais uma vez, um conjunto amplo de subsídios foi preparado para apoiar paróquias, pastorais, famílias, escolas e universidades. O Manual da CF 2025 reúne, em um único volume, materiais que ajudam desde a elaboração do planejamento paroquial até a animação de grupos, círculos bíblicos e celebrações com foco na conversão pessoal, social e ecológica.

Este artigo apresenta uma leitura completa do Manual, suas possibilidades e caminhos pedagógicos, organizações e propostas, com foco na formação integral e em dois eixos inspiradores que emergem com força do material e do nosso tempo: assumir as preocupações dos outros e difundir no mundo a confiança. Vamos percorrer as principais partes do Manual, sugerir modos criativos de uso e relacionar tudo isso com os desafios do mundo digital e da vida comunitária, para que a Campanha da Fraternidade seja, de fato, uma experiência de renovação.

O que é a Campanha da Fraternidade e por que ela ainda nos mobiliza

Desde a década de 1960, a Campanha da Fraternidade é um caminho quaresmal de conversão que integra oração, penitência e caridade com um forte chamado à transformação social. A proposta é profundamente pastoral e pedagógica: aproximar o Evangelho da realidade e inspirar, com gestos concretos, uma sociedade mais fraterna e justa. Ao longo dos anos, temas como família, juventude, políticas públicas, educação, amizade social e cuidado com a Casa Comum foram abordados com seriedade, oferecendo ferramentas para que as comunidades pudessem refletir e agir em seus contextos.

O Manual de 2025 segue nessa tradição de unir fé e vida. Ele funciona como uma “caixa de ferramentas” com subsídios celebrativos, catequéticos, formativos e sociais, além de elementos de identidade visual e textos de referência. Ao concentrar tudo em um volume, facilita o acesso e garante unidade de linguagem em toda a Igreja no Brasil, mantendo viva a dimensão espiritual e a incidência social do tempo quaresmal.

O que você encontra no Manual da CF 2025

O Manual traz um conteúdo robusto para quem quer planejar, animar e avaliar a Campanha da Fraternidade com profundidade. De modo resumido, entre os elementos presentes, destacam-se:

  • Objetivos gerais e específicos da Campanha, para orientar prioridades e metas de ação ao longo da Quaresma e também depois dela.
  • Oração própria e hino, com propostas de uso em celebrações, encontros, momentos de espiritualidade e nas famílias.
  • Identidade visual (cores, símbolos e orientações), garantindo unidade estética nas peças de comunicação, cartazes e materiais digitais.
  • Texto-base, que apresenta o diagnóstico da realidade, fundamentos bíblico-teológicos e encaminhamentos pastorais.
  • Círculos bíblicos com roteiros prontos para grupos de reflexão em casas, capelas e comunidades.
  • Via-Sacra e Via-Lucis, com meditações e preces que conectam a Paixão e a Ressurreição com a vida do povo.
  • Terço da Ecologia Integral, para rezar a partir do cuidado com a criação e com os pobres.
  • Adoração Eucarística e celebração penitencial, reforçando a dimensão sacramental e a conversão do coração.
  • Retiro Popular Quaresmal, pensado para dias de silêncio, escuta da Palavra e revisão de vida.
  • CF em Família, com propostas simples para rezar e agir em casa.
  • Materiais catequéticos diferenciados para crianças e adolescentes, com linguagem apropriada às idades.
  • Celebração ecumênica, para fortalecer a oração pela unidade dos cristãos e o testemunho comum.
  • Propostas para jovens, com dinâmicas, desafios e sugestões de missão.
  • Roteiros para a escola (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), integrando o tema à vida escolar.
  • Itinerários para a universidade, com debates, projetos de extensão e encontros de espiritualidade.
  • Fraternidade Viva, que inspira gestos concretos e ações solidárias no território.
  • Temáticas como Economia de Francisco e Clara e ecologia integral, conectando fé, economia, meio ambiente e justiça social.
  • Um olhar especial para as dádivas da Amazônia, evidenciando a riqueza cultural e ambiental da região e os desafios de sua proteção.

Esse conjunto torna o Manual um guia para a totalidade da vida comunitária, oferecendo a paróquias e grupos de base um caminho que começa com a escuta da Palavra e se traduz em iniciativas concretas e mensuráveis no território.

Ecologia integral e dádivas da Amazônia: conversão que atravessa a vida real

Um dos pontos fortes do Manual é a articulação entre espiritualidade, cuidado com os pobres e cuidado com a criação. A perspectiva da ecologia integral não é apenas uma pauta ambiental: ela integra economia, cultura, relações e políticas públicas, lembrando que tudo está interligado. Cuidar do rio é cuidar do ribeirinho; preservar a floresta é proteger povos e modos de vida; rever hábitos de consumo é aliviar feridas da Terra e da sociedade. Nessa linha, as propostas de oração (como o terço temático), de estudo bíblico e de ação solidária estão sempre conectadas ao compromisso com a justiça socioambiental.

Ao destacar as dádivas da Amazônia, o Manual convida a reconhecer a riqueza espiritual, a sabedoria dos povos originários e a diversidade de uma região que é pulmão do planeta. O convite não é romântico: é concreto e ético, pedindo apoio a iniciativas locais, combate a práticas predatórias, defesa dos direitos humanos e respeito às culturas. Para comunidades de outras regiões, é uma oportunidade de redescobrir suas próprias “Amazônias”, ou seja, bens naturais e culturais que pedem cuidado e valorização.

Assumir as preocupações dos outros: caridade que escuta e partilha

“Assumir as preocupações dos outros” é uma expressão que resume a atitude cristã de sair de si e permitir que a dor e a esperança do próximo tenham espaço em nós. Na prática, significa interceder, acolher, acompanhar, partilhar recursos e defender causas que talvez não nos afetem diretamente, mas atingem irmãos e irmãs. Nesse sentido, os círculos bíblicos do Manual são ocasiões privilegiadas para exercitar a empatia que se torna compromisso. Ao partilhar a Palavra, a comunidade aprende a traduzir compaixão em iniciativas: visitas a doentes, apoio a famílias em insegurança alimentar, mutirões de limpeza, plantio de árvores, campanhas de regularização de documentos, oficinas de currículo, e assim por diante.

Esse movimento tem um efeito espiritual imediato: quanto mais cuidamos dos outros, mais percebemos que Deus cuida de nós. A oração deixa de ser “meu pedido” para se tornar “nosso clamor” – e a fraternidade ganha carne no percurso de cada semana da Quaresma, nos gestos pequenos que vão criando um estilo de vida.

Difundir no mundo a confiança: um antídoto contra a polarização

Vivemos tempos de desconfiança, discursos duros e cancelamentos precipitados. Difundir confiança é uma forma de evangelização que combina clareza e ternura. O Manual oferece subsídios para uma celebração ecumênica e incentiva a oração pela unidade dos cristãos, inclusive em sintonia com a Semana de Oração pela Unidade, celebrada em diferentes momentos do ano conforme o hemisfério e as tradições locais. Nessas ocasiões, podemos cultivar a confiança que supera muros e descobre que o testemunho comum – especialmente junto aos mais vulneráveis – fala mais alto que as divergências.

Confiar não é ingenuidade: é escolher ver a graça agindo no outro, dar espaço à escuta, criar processos de reconciliação e propor pactos possíveis. Comunidades que difundem confiança fortalecem vínculos internos, melhoram o diálogo com a sociedade e se tornam pontos de referência positiva.

Como usar o Manual na paróquia: um passo a passo possível

Para que o Manual gere frutos concretos, vale organizar um pequeno plano de ação paroquial. Eis um roteiro simples e eficaz:

  • Forme uma equipe de animação com representantes da liturgia, catequese, pastoral social, juventude, comunicação e, se possível, da escola ou universidade local.
  • Estude o texto-base em duas ou três reuniões, destacando prioridades para a realidade do bairro e definindo metas mensuráveis.
  • Escolha os roteiros celebrativos (Via-Sacra, Via-Lucis, Penitencial, Adoração) e distribua responsabilidades de preparação com antecedência.
  • Agende os círculos bíblicos nas casas, em dias e horários acessíveis, e providencie uma pessoa responsável por cada grupo.
  • Planeje o Retiro Popular (um sábado ou domingo), reservando espaços de silêncio, escuta e partilha.
  • Integre a juventude com dinâmicas do Manual, desafios solidários e missões de impacto na comunidade.
  • Crie um gesto concreto paroquial (por exemplo, um fundo de solidariedade, horta comunitária, mutirões de limpeza ou apoio a famílias em vulnerabilidade).
  • Defina indicadores de avaliação para o final da Quaresma: número de círculos, famílias alcançadas, ações ambientais realizadas, parcerias estabelecidas.

Esse planejamento básico garante unidade, evita improvisos e dá às pessoas a chance de se engajar com mais confiança e tempo.

Para escolas e universidades: caminhos pedagógicos que geram pertencimento

O Manual oferece propostas específicas para educação infantil, ensino fundamental, médio e universidade. A lógica é simples: ligar o tema da Campanha às competências socioemocionais, à cidadania e à sustentabilidade, com atividades adequadas à faixa etária.

Na educação infantil, por exemplo, experiências sensoriais, contação de histórias e pequenas tarefas (como cuidar de uma plantinha) ajudam a formar o “afeto ecológico”. No ensino fundamental, projetos de leitura do território, entrevistas com idosos, mapas do bairro e campanhas de coleta seletiva podem integrar várias disciplinas. No ensino médio, debates orientados, trilhas de economia solidária, produção de podcasts ou documentários curtos oferecem protagonismo e pensamento crítico. Na universidade, é a hora de conectar extensão, pesquisa e comunidade, promovendo projetos de impacto real, desde diagnósticos participativos até soluções tecnológicas simples para problemas locais.

Importante: o Manual sugere abordagens que valorizam a interdisciplinaridade e a avaliação por projetos. Em todas as etapas, o vínculo com a família e com a comunidade amplia o alcance e a pertinência das iniciativas.

Juventudes e mundo digital: engajar com propósito e cuidado

Os subsídios para jovens apostam em linguagem criativa e desafios concretos. O mundo digital é o campo onde grande parte das relações acontece – e também onde facilmente se desliza para a pressa, a ansiedade e a comparação. Uma imagem cotidiana ilustra bem: quem nunca se deparou com a mensagem “você está temporariamente bloqueado” ao tentar fazer muitas ações em sequência numa plataforma? A pressa digital, sem intenção clara, nos bloqueia – externamente e por dentro. A Campanha é um convite ao contrário: desacelerar para discernir, usar as redes com propósito, contar histórias do bem, organizar mutirões e missões reais a partir do que se partilha online.

Uma orientação útil para grupos juvenis é trabalhar com metas semanais integradas: a cada encontro, uma leitura bíblica, uma ação concreta, uma produção digital (post, vídeo curto, card informativo) e uma avaliação da semana. Assim, a presença nas redes nasce da vida e volta para ela, evitando a lógica do post pelo post e favorecendo um fluxo saudável entre fé, comunidade e território.

Quando a pressa vira bloqueio: uma parábola digital para a Quaresma

A experiência do “bloqueio temporário” nas plataformas digitais pode ser lida como parábola para a Quaresma. Às vezes, somos impedidos de avançar porque estamos acelerados demais, clicando sem pensar. A espiritualidade da Campanha propõe outro ritmo: atenção, escuta, revisão, propósito e perseverança. Para ajudar, experimente a prática S.L.O.W. ao longo da Campanha:

  • Silenciar: cinco minutos diários de silêncio diante de Deus, respirando e nomeando o que inquieta o coração.
  • Ler a realidade: um pequeno gesto de “ver” por dia – olhar o bairro com olhos novos, conversar com alguém invisibilizado, anotar situações que pedem cuidado.
  • Ouvir a Palavra: ler o Evangelho do dia e sublinhar uma frase, conectando-a com a situação observada.
  • Walk – Caminhar: transformar a escuta em passo concreto, por menor que seja (uma ligação, um pedido de perdão, separar o reciclável, visitar um doente, plantar uma muda).

O S.L.O.W. não é um programa rígido; é um modo de reeducar o coração para que a pressa não nos bloqueie e para que a Campanha penetre a vida, pouco a pouco, com consistência e alegria.

Roteiros celebrativos: rezar com o corpo da comunidade

As celebrações propostas no Manual são ocasiões para educar o olhar da fé e transformar sensibilidades. Algumas chaves de leitura:

  • Via-Sacra: caminhar com os sofrimentos de Cristo é caminhar com as cruzes do povo. O roteiro convida a nomear dores concretas e pedir a graça de carregá-las com coragem e esperança.
  • Via-Lucis: celebrar a Ressurreição como luz que se espalha, reconhecendo sinais de vida nova na comunidade e no território.
  • Adoração Eucarística: escola de presença e gratuidade. Adorar é aprender que a vida se torna plena quando se entrega, e que a força da missão nasce do altar.
  • Celebração penitencial: tempo de reconciliação com Deus, com os irmãos e com a criação. O exame de consciência proposto envolve relações, escolhas de consumo e responsabilidades públicas.
  • Terço da Ecologia Integral: os mistérios convidam a contemplar a criação como dom e a denunciar agressões à Casa Comum, com gestos concretos de cuidado.

Essas experiências litúrgicas, quando bem preparadas e conectadas ao texto-base, formam a comunidade por dentro e por fora, alimentando a missão com consistência e ternura.

CF em Família: microgestos que geram cultura de cuidado

O Manual propõe atividades simples para que a Quaresma transborde em casa. Eis algumas ideias para fortalecer a vivência doméstica:

  • Cantinho da Palavra: um lugar com a Bíblia, uma vela, uma planta e símbolos da Campanha; ali, cada dia, um versículo e uma prece.
  • Diário da gratidão: cada pessoa anota, ao final do dia, um motivo de gratidão e um gesto de cuidado feito ou recebido.
  • Economia do bem: revisão do consumo; definir uma “cesta do próximo” com itens que serão doados semanalmente.
  • Ecologia cotidiana: separação do lixo, redução do desperdício de água e energia, alimentação mais natural e local.
  • Visita fraterna: escolher uma pessoa ou família para acompanhar ao longo da Quaresma, com escuta, oração e ajuda concreta.

São pequenos passos que, repetidos, vão criando “hábitos de fraternidade” e gerando referências para as crianças e adolescentes. Família que reza e age unida torna-se sinal de esperança no bairro.

Catequese com crianças e adolescentes: linguagem, ludicidade e protagonismo

Os materiais catequéticos do Manual respeitam os momentos de desenvolvimento e apostam em linguagens específicas. Para crianças, contar histórias, usar símbolos e atividades manuais (como montar o “caminho da Quaresma” com passos de papel) ajuda a concretizar a fé. Para adolescentes, dinâmicas de debate, jogos colaborativos e projetos em grupo – como criar um mural da fraternidade com histórias reais do bairro – favorecem o protagonismo e a conexão com a realidade. A palavra-chave é experiência: ver, ouvir, tocar, rezar e transformar.

Fraternidade Viva: do gesto pontual ao compromisso sustentável

Não basta “fazer algo bonito” durante a Quaresma. O Manual convida a dar continuidade às ações. Para isso, a seção Fraternidade Viva incentiva que a comunidade selecione um problema local e o adote por um período mais longo. Pode ser o fortalecimento de uma cozinha solidária, a criação de uma horta comunitária, o apoio a migrantes, o combate ao descarte irregular ou a oferta de assessoria jurídica básica. O importante é criar calendário, formar equipes e estabelecer parcerias (com escolas, postos de saúde, grupos culturais, empresas locais, universidades).

Uma boa prática é transformar a ação em espaço formativo: enquanto se entrega a cesta, discute-se segurança alimentar; enquanto se cuida da horta, aprende-se agroecologia; enquanto se apoia um jovem a buscar emprego, oferta-se oficina de currículo e entrevista. O gesto concreto educa e cria redes.

Economia de Francisco e Clara: dinheiro a serviço da vida

A inspiração de Francisco de Assis e Clara de Assis desafia nossa relação com o dinheiro e os bens. O Manual propõe olhar para a economia com responsabilidade ética e criatividade comunitária: consumo consciente, finanças solidárias, negócios de impacto social, redes de troca e cooperação. Paróquias e grupos podem mapear talentos locais, estimular feiras de economia solidária e orientar famílias endividadas, sempre com respeito e sigilo. A meta é simples e exigente: colocar o dinheiro a serviço da vida, não a vida a serviço do dinheiro.

Comunicação e identidade visual: coerência que aproxima

A identidade visual da Campanha ajuda a comunidade a “falar a mesma língua” nos cartazes, cards, camisetas e faixas. Seguir as orientações do Manual evita ruído e reforça a unidade. Na comunicação digital, vale privilegiar mensagens curtas, imagens que respeitam a dignidade das pessoas e chamadas para a ação que conectam o online ao presencial. Conte com uma pequena equipe de comunicação que planeje a semana com antecedência, unindo a agenda de celebrações, ações sociais e conteúdos formativos.

Indicadores e avaliação: aprender com o caminho

Uma Campanha bem-sucedida não se mede só pela comoção em datas específicas, mas por processos construídos. Use indicadores simples:

  • Número de círculos bíblicos e participantes semanais.
  • Adesão ao Retiro Popular e repercussões pessoais.
  • Quantidade e qualidade dos gestos concretos (impacto no território, parcerias, continuidade).
  • Envolvimento da juventude (produção de conteúdos, missões, lideranças emergentes).
  • Resultados ambientais (redução de resíduos, plantio, educação ambiental).

Ao final da Quaresma, promova um encontro de avaliação com escuta e partilha. Reconheça avanços, celebre frutos, identifique aprendizados e planeje a continuidade. A avaliação, aqui, é ato de esperança: registrar o que Deus fez por meio do povo e abrir caminhos para o que ainda virá.

Transparência e cuidado com recursos: credibilidade que gera confiança

Gestos concretos costumam envolver recursos financeiros e materiais. Estabeleça critérios de transparência: prestação de contas simples, relatórios de atividades, registro fotográfico (com consentimento), lista de parceiros e doadores. Isso reforça a confiança interna e externa, evitando suspeitas e fortalecendo a cultura de responsabilidade. Lembre-se: a credibilidade da comunidade é um bem precioso que precisa ser cuidado, sobretudo quando se tratam de causas sociais e ambientais.

Dúvidas frequentes sobre o uso do Manual

  • O Manual pode ser adaptado à realidade local? Sim. Ele oferece diretrizes e roteiros, mas incentiva a contextualização. O importante é manter a unidade com os objetivos da Campanha e a fidelidade ao Evangelho.
  • Como envolver quem não frequenta a igreja? Por meio de gestos de serviço no bairro, parcerias com escolas e grupos culturais, e convites para atividades abertas (mutirões, rodas de conversa, feiras). A caridade atrai; a coerência convence.
  • É possível usar os subsídios após a Quaresma? Sim. Muitos materiais (círculos bíblicos, retiros, propostas ambientais e sociais) permanecem atuais e podem alimentar o calendário anual da paróquia.
  • Como integrar a Campanha com a catequese de iniciação à vida cristã? Aproveite os roteiros específicos para crianças e adolescentes, conectando-os aos itinerários catequéticos e às celebrações dominicais.
  • E se a equipe for pequena? Comece pelo essencial: um círculo bíblico, uma celebração bem preparada e um gesto concreto. Com frutos visíveis, mais pessoas se somarão.

Detalhes editoriais do Manual e acesso

O Manual da CF 2025 foi lançado em 2024 e reúne, em brochura, um conjunto amplo de subsídios. Está em português, com aproximadamente 552 páginas e formato prático de cerca de 14 x 21 cm, facilitando o uso no dia a dia das equipes e grupos. O produto é identificado pelo código/ISBN 9786559754526. Na data de referência informada, o valor indicado era de R$ 38,90 (sujeito a atualização). Esses dados ajudam a planejar a aquisição para a paróquia, a pastoral e a família, considerando a relação custo-benefício e o alcance formativo que o volume proporciona.

Da oração à missão: uma conversão que se mede em proximidade

O Manual da CF 2025 é mais que um compilado de textos: é um mapa de conversão. Ele oferece o eixo da Palavra, a força da liturgia, a alegria da convivência e a concretude da caridade. Em um mundo acelerado e ansioso, ele nos ensina a desacelerar para discernir, a ouvir mais do que falar, a planejar com realismo e a celebrar com beleza. Lembra-nos que ecologia integral é, antes de tudo, uma forma de amar: olhar a Terra e os pobres com o mesmo cuidado, reconhecer interdependências e escolher estilos de vida que gerem o bem comum.

Assumir as preocupações dos outros e difundir a confiança não são slogans, mas decisões diárias que geram cultura. Se a Campanha conseguir criar pequenos hábitos – orar a Palavra, fazer um gesto concreto por semana, reduzir um desperdício habitual, aproximar-se de um vizinho esquecido, escutar quem pensa diferente –, então veremos “frutos de Ressurreição” muito além da Quaresma.

Que este tempo seja um convite a respirarmos fundo, a acolhermos com ternura e a caminharmos com pés firmes, sem bloqueios, porque agora sabemos: a pressa nos impede de ver; a fé, quando colocada em prática com método e amor, nos devolve o ritmo do cuidado. E o cuidado, repetido com paciência, muda vidas e bairros inteiros.

E então, na sua realidade concreta, qual parte do Manual da CF 2025 você mais deseja colocar em prática primeiro – e por quê?

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